Dia Mundial do AVC: Coração saudável, cérebro seguro

Doenças cardiovasculares como hipertensão, doenças coronarianas e arritmias estão entre as principais causas de AVCs no mundo

Em prosa e poesia, a ligação entre a saúde emocional e física transpassa a história humana em contos, romances e nas mais variadas manifestações artísticas. O que nem todo mundo sabe é que a saúde do cérebro está intimamente ligada à saúde do coração e do sistema cardiovascular como um todo. Mas não é só isso, diversos fatores de risco para a ocorrência de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) podem ser controlados com a mudança de hábitos. A mobilização do Dia Mundial do AVC, celebrado em 29 de outubro, alerta para a importância da prevenção.

Além das condições cardiovasculares, outros fatores de risco incluem diabetes, colesterol alto, sedentarismo, tabagismo, obesidade e consumo excessivo de álcool. Conforme a fisioterapeuta neurofuncional do Instituto Umani, Nedi Magagnin, é possível mudar esses fatores de risco e diminuir as chances de ocorrência de um AVC. “Prevenir é sempre a melhor opção, ainda mais quando há essa possibilidade real de que a mudança de hábitos seja favorável à redução dos riscos, como mostram estudos e orientações de órgãos de saúde do mundo todo”, reitera.

A prevenção passa por mudança de hábitos como uma alimentação saudável, o controle da pressão arterial, a prática regular de exercícios, controle do peso e do diabetes, além de limitar o consumo de álcool e, claro, abandonar o tabagismo. “Quando a gente fala de fatores de prevenção a doenças, muitas vezes essas orientações se repetem. Então, é importante entender, primeiramente, que o foco deve ser o de se ter uma vida de melhor qualidade e com equilíbrio. O medo de uma doença não pode ser maior do que a vontade de viver e é isso que essas práticas nos dizem. Viver bem, com qualidade e de forma equilibrada, além de proporcionar felicidade e bem-estar, ajuda a prevenir não só o AVC, mas uma série de outras condições. O foco é viver bem e, com isso, reduzir riscos”, avalia.

Ocorrência de AVC no Brasil

Conforme dados da Sociedade Brasileira do AVC, até o mês de agosto deste ano, o Brasil registrou 50.133 óbitos por AVC. Além disso, há aqueles AVCs que não levam ao óbito, mas deixam sequelas motoras e cognitivas nas pessoas acometidas por esse tipo de lesão neurológica. “É preciso sempre deixar claro que mesmo após um AVC há sim a possibilidade de dar continuidade à vida do paciente. Talvez não exatamente igual como era antes da lesão, mas com o tratamento adequado muitos pacientes retomam suas vidas, voltam a exercer suas atividades profissionais e praticar aquelas atividades que lhes dão prazer”, complementa.

Tanto a prevenção quanto a reabilitação após um AVC são processos que englobam equipes multiprofissionais. “É importante sempre evidenciar que a gente precisa cuidar e tratar a pessoa, não a doença. Por isso, a prevenção tem que visar o bem-estar geral, a qualidade de vida a fim de proporcionar resultados nas amplas áreas que compõem a vida de qualquer pessoa. Da mesma forma, após um AVC, a reabilitação visa proporcionar à pessoa a retomada da sua vida e das coisas que ela gosta, sejam elas com necessidade de algum tipo de adaptação ou não”, pontua a fonoaudióloga do Instituto Umani, Andréia Estér Puhl.

Sinais de alerta

Alguns sinais dão o alerta para a possibilidade de ocorrência de um AVC. Os principais deles são:

Face: Um lado do rosto pode estar caído ou paralisado. Peça para a pessoa sorrir e observe se um dos lados não se movimenta.

Braços: Um braço pode estar fraco ou paralisado. Peça para a pessoa levantar ambos os braços; um deles pode cair.

Fala: A fala pode estar arrastada ou confusa. Pergunte à pessoa para repetir uma frase simples e observe se há dificuldade.

Quando algum desses sintomas for identificado, é fundamental buscar ajuda médica imediatamente. O tratamento rápido pode salvar vidas e minimizar danos.

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